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Saúde

 

 

- Evolução do Conceito de Saúde:

 

  Durante muito tempo, houve a teoria mística sobre a doença, que os antepassados julgavam como um fenômeno sobrenatural, ou seja, ela estava além da sua compreensão do mundo, superada posteriormente pela teoria de que a doença era um fato decorrente das alterações ambientais no meio físico e concreto que o homem vivia. Em seguida, surge a teoria dos miasmas (gazes), que vai predominar por mais tempo ainda.

 

Com a urbanização e estratificação social, o poder de diagnosticar, controlar e explicar as doenças ficou concentrado num segmento social urbano, os sacerdotes, sempre vinculados aos grupos dominantes. A capacidade de mediar as atenções de deuses e humanos passou a ser monopolizada por estes atores sociais, e o modo mágico de lidar com as doenças foi suplantado pelo modelo místico, ou religioso, que se tornou hegemônico.

 

  A doença passou a ser vista como pecado, resultado da desobediência a códigos de condutas prescritos pelos deuses e vigiados pelos sacerdotes, sendo atribuído ao enfermo a responsabilidade, individual ou coletiva, por seus sofrimentos.

 

 Nas comunidades tradicionais de coletores e caçadores, a ocorrência de doenças era explicada de modo compatível com sua visão de mundo, pela influência de demônios e outras forças sobrenaturais, que conviviam com os homens e podiam ser por eles invocados ou controlados, desde que fossem utilizados os meios adequados.

 

 Nas antigas Grécia e Roma pensava-se que existiam quatro líquidos corporais (os humores): o sangue, a bílis amarela, a bílis negra e a fleuma. A doença resultava do desiquilíbrio destes quatro humores, provocados por forças exteriores como as estações do ano, o ambiente e o estilo de vida da pessoa.

 

 

 

Quem veio revolucionar o conceito de saúde foi  Hipócrates,

um médico grego (séc. V-IV a.C.),

as doenças não eram culpa dos divinos mas sim de causas naturais.

A prática deixou de ser mágico-religiosa e passou a ser fruto

da observação direta dos doentes.

 

 

 

 

 

 Apartir do século XVI, a obcervação do interior do corpo humano, conceguida atravéz da dissecação de cadáveres, premitiu ampliar os conhecimentos de anatomia e de fisiologia. O corpo humano passou a ser encarado como uma máquina. um corpo saudável, era aquele em que todas as "peças" funcionavam harmoniozamente, sendo a doença vista como uma avaria de um ou mais componentes.

 

 No século XIX, novos contributos da ciência premitiram ampliar os conhecimentos sobre a origem das doenças. Uma das maiores descobertas foi a relação entre os microrganismos e doenças como a tuberculose, a raiva ou a cólera. Percebeu-se, então, que para manter a saúde é necessário combater esses agentes patogénicos externos.

 

 

 

 Já no século XX, em 1947,

a Organização Mundial de Saúde (OMS),

define Saúde como:

“A situação de completo bem-estar físico,

mental e social e não apenas de ausências de enfermidades”

 

 

 

 A saúde é um recurso de maior importância para o desenvolvimento social, económico e pessoal, e está diretamente relacionada com a qualidade de vida.

 

 

 

 

 

- Principais Fatores que Influenciam a Saúde:

 

 A saúde é algo que podemos influenciar com as opções que fizermos ao longo da nossa vida.

 Mas esta responsabilidade, além de individual é também comunitária.

 

 É dever de cada cidadão a adoção de atitudes promotoras de saúde, assim como a transmição de conhecimentos no âmbito da prevenção e promoção para a saúde, divulgando-os de forma cuidada e correta.

 

 

 Apartir de meados do século XX, os profissionais de saúde constataram que, nos paises desenvolvidos, as doenças estavam cada vez mais relacionadas com os comportamentos e, concequentemente, o estilo de vida. Estes, têm uma importãncia primordial na promoção de saúde. O consumo de tabaco, de álcool e de outras drogas, os hábitos alimentares e de higiéne pessoal, a prática regular de exercício fisico, o número de horas de sono, o controlo da anciedade e do stresse são alguns dos factores que influenciam a saúde individual.

 

 

  Os fatores que influenciam a saúde podem ser divididos em:

 

 -Fatores Individuais: incluindo as condições intrínsecas como a idade, o sexo, o património genético, as opções individuais e os comportamentos (opções alimentares, hábitos de higiene, prática de desporto, stresse, consumo de álcool ou de outras drogas).

 

 -Fatores Ambientais, Socioculturais e Económicos: como o clima, a exposição a fatores ambientais desfavoráveis, o trabalho infantil, a pobreza, a violência, aspetos culturais, a assistência médica disponível ou ainda o investimento na educação, sobretudo na educação para a saúde, para o consumo e para a sexualidade.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

- Estado de Saúde de uma População:

 

 O estado de saúde de uma população pode ser avaliado atravéz de certos indicadores - Indicadores do Estado de Saúde.

 

 

 Os  Indicadores do estado de saúde são valores, expressos por taxas ou percentagens, calculados em relação a uma determinada população, que permitem fazer uma avaliação estatística sobre o estado de saúde dessa população.

 

Entre os mais utilizados, encontram-se:

 

 

      -Taxa de Mortalidade Infantil

      - Esperança Média de Vida

      - Taxa de Doenças Infecto-contagiosas

      - Taxa de Doenças Cardiovasculares

      - Taxa de Obesidade

 

 

 O estado de saúde de uma população pode ainda ser inferido a partir do número de profissionais de saúde e de equipamentos de saúde por habitante, da quantidade de medicamentos consumidos ou mesmo da taxa de gravidez na adolescência.

 

 

 

 

      -Taxa de mortalidade infantil:

 

Taxa de mortalidade infantil consiste no numero de óbitos por cada mil habitantes durante o seu primeiro ano de vida. A taxa de mortalidade pode ser tida como um forte indicador social, já que, quanto piores são as condições de vida, maior a taxa de mortalidade infantil.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  A taxa de Mortalidade Infantil em Portugal é uma das mais baixas do mundo, sendo actualmente, menor do que  a europeia. A evolução favorável da TMI em Portugal deve-se a vário fatores, entre os quais se contam a melhoria da prestação de cuidados médicos durante a gravidez, no parto e após o nascimento, da alimentação das grávidas e dos recém-nascidos, bem como das condições de higiene e de habitabilidade.

 

 

 

 

 

      - Esperança Média de Vida:

 

 Esperança de vida é o número médio de anos que uma pessoa pode esperar viver no momento do nascimento.

 A esperança de vida aumenta ou diminui consoante o desenvolvimento do país, o que explica as grandes discrepâncias existentes neste indicador de saúde entre as diferentes regiões do mundo.

 

 

                            Mudanças na Esperança Média de Vida no Mundo 1970 - 2010

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  Situações de guerra ou de catástrofe natural podem fazer variar a esperança média de vida de uma população. Nestas circunstâncias, degradam-se as condições de alimentação, de higiene e de apoio médico às populações, apsar do esforço das Organizações Não Governamentais (ONG). 

 

   

                                                      Destruição provocada pela guerra e desastres naturais.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

      -Taxa de Doenças Infecto-contagiosas:

 As doenças infecto-contagiosas, como a malária, a SIDA, ou a tuberculose, são causadas por agentes patogénicos, transmissíveis atravéz do contágio, e provocam anualmente milhões de mortes em todo o mundo.

 Esta taxa calcula-se relacionando o número de ocorrências de uma determinada doença, com o total da população em estudo, durante um ano.

 

 A prevenção de doenças infecto-contagiosas é importante, devemos:

     - evitar comportamentos de risco.

     - melhorar a higiene.

     - promover programas de rastreio e de vacinação (quando existe vacina).

     - promover campanhas de informação.

 

 Neste indicador, consideram-se dois grupos de doenças:

     - que se podem prevenir com vacinas (sarampo e hepatite B).

     - para as quais não existe vacina (malária e SIDA).
 

 

 

 

 

 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

     -Taxa de Doenças Cardiovasculares:

 

 As doenças cardiovasculares são o conjunto de doenças que afetam o coração e os vasos sanguíneos. Estas doenças são a primeira causa de morte nos Países Desenvolvidos. Em Portugal são responsáveis por cerca de 35% dos óbitos.

 Esta percentagem calcula-se relacionando o número de ocorrências de doenças cardiovasculares, com a população em estudo.

 As doenças cardiovasculares estão muito relacionadas com o consumo de gorduras e bebidas alcoólicas, a hipertensão arterial, o tabagismo, o stress físico e emocional, a obesidade e a diabetes.

 

 

 

 

 

 Alguns exemplos de doenças cardiovasculares são: 

    -Aterosclerose

    -Valvulopatia

    -Enfarte agudo do miocárdio

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

     -Taxa de Obesidade:

 

 A obesidade é uma doença em que o excesso de peso

afecta a saúde, contribuindo para o aparecimento,

desenvolvimento e agravamento de diversas

outras doenças.

 É uma doença caractrística dos Países Desenvolvidos.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

- Medidas de promoção da Saúde:

 

- Hábitos individuais e saúde (alimentação equilibrada,higiene corporal, pratica de exercício físico).

 

- Melhoria nas condições de higiene e salubridade (recolha e tratamento dos resíduos sólidos, habitações que acegurem condições de salubridade, eliminação dos focos de contágio, medidas anticépticas, tratamento e distribuição de água potável, ...)

.

- Ordenamento no território.

 

- Campanhas de vacinação.

 

- Rastreios.

 

 

 

 

 

- Medidas para a Promoção de Saúde

 

- Para a promoção de saúde há que ter em conta a prevenção.

 

- Há vários tipos de prevenção de saúde: primária (vacinas), secundária (rastreios) e terciária (corretiva).

 

 

 

Prevenção Primária

 

Está diretamente relacionada com as vacinas. A utilização das vacinas premite combater doenças, na sua maioria mortais.

 

 

- As vacinas são substâncias que permitem ao ser Humano,

criar imunidade na presença dos agentes patogénicos

(vírus e bactérias), atravez da formação de anticorpos

(produzidos pelos linfáticos) que atacam e neutralizam

estes agentes.

 

 

 

 

 

 

Prevenção Secundária

 

Está relacionada com os rastreios, detenção precoce de doeças.

Exemplos de rastreios: higiene oral, visão, colesterol, glicose, hipertenção e muitos outros.

Estes rastreios são importantes porque é mais fácil de atuar no início de uma doença, evitando complicações no avançar da doença.

 

 

 

Prevenção Terciària

 

Diz respeito à reabilitação da doença.

Exemplos: fisioterapia, programas de reabilitação da toxicodependentes e alcoólicos, intervenções cirugicas corretivas, etc.


 

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